Endereço:R. Sanhaço n 430
Cultos:
Quarta 19:00
Sexta 19:00
Domingo 18:30
Escola Dominical: Domingo 09:00
Pastor Responsavel: Obadias

Seguidores

segunda-feira, 11 de julho de 2011

11/07 Manhã Missionária



Momento de adoração

Irmã Sueli contando seu testemunho


Grupo de irmãs da Assembléia de Deus Macieiras louvando
Irmãos local reunidos louvando

Nosso pastor recitando verso sobre missão.

domingo, 3 de julho de 2011

Lição 2 – A Mensagem do Reino de Deus


10 de julho de 2011
Texto Áureo
“E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo. Arrependei-vos, e crede no evangelho.” (Mc 1.15).
– Jesus anunciou a inauguração de uma nova era de salvação, em que o arrependimento e crença no evangelho eram pré-requisitos, e o fim daquele tempo passado, especialmente os atos de salvação de Deus em favor de seu povo Israel, atingiram seu clímax no atual tempo de salvação nele.
Verdade Prática
O comportamento do cristão deve ser em tudo norteado pela mensagem do Reino de Deus.
Leitura Bíblica em Classe
Marcos 1.14-15; Mateus 5.3-12; Romanos 14.17
Leitura Diária
Segunda - Jo 3.3-5 - O novo nascimento e a entrada no Reino de Deus
Terça - Jo 18..H-36 - A natureza espiritual do Reino de Deus
Quarta - Mt 6.25-33 - Buscando o Reino de Deus em primeiro lugar
Quinta - Jo 15.16 - Ef 2.10 Frutificando no Reino de Deus
Sexta - Mt 5-7 - Os princípios eternos do Reino de Deus
Sábado – Rm 14.17 - O Reino de Deus é justiça, alegria e paz no Espírito Santo
Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Compreender a verdadeira natureza do Reino de Deus;
Conscientizar-se de que para se entrar no Reino de Deus é preciso nascer de novo, e 
Entender o real significado do Reino de Deus.
Palavra-Chave
MENSAGEM: A Palavra do Senhor proclamada pelos suditos do Reino de Deus.
Comentário
(I. Introdução)
A mensagem do Evangelho do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é uma mensagem muito simples, prática e direta: É chegado o Reino de Deus! O Reino de Deus (ou dos céus), no presente, significa ‘Deus intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo. Trata-se de algo além da salvação ou da igreja; é Deus revelando-se com poder na execução de todas as suas obras’. Em seu ministério terreno, Jesus anunciou esta mensagem com simplicidade e autoridade; proclamou que o Reino é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. Deus inicia seu domínio espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio deste, com poder (Jo 14.23; 20.22). Existe uma condição necessária e fundamental para se entrar nesse Reino: “Arrependei-vos e crede no evangelho” (Mc 1.15). Boa Aula!
(II. Desenvolvimento
I. A NATUREZA DO REINO DE DEUS
1. O Reino é espiritual. ‘Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui’ (Jo 18.36). O quarto evangelho é o único a registrar estas palavras de Jesus. Perto do final do primeiro século, quando João estava escrevendo seu Evangelho, os cristãos frequentemente eram atacados com a acusação de que suas metas não eram espirituais, mas políticas. O Império Romano estava sendo preenchido com cidadãos renasnascidos de um reino celeste, mas a terminologia deles sobre o ‘Reino de Deus’ poderia ser mal interpretada. Portanto, João adota a expressão ‘vida eterna’ para mostrar tanto a nova qualidade de vida que Jesus Cristo trouxe para nós, quanto para descrever sua quantidade [1]. O diálogo entre Jesus e Pilatos esclarece a verdadeira natureza da realeza de Jesus e enfatiza sua relevância permanente. Jesus é um rei, mas não estabelecerá o seu reino pela força, seu reino e missão são fundados na verdade.
2. O Reino é pessoal. A Nova Aliança caracteriza-se por uma relação pessoal de cada crente com Deus (Mt 23.8; 1Ts 4.9; 1Jo 2.27; 5.20). Diferente do sistema sacrificial do Antigo Testamento, a morte de Cristo purifica a consciencia para que façamos a vontade de Deus (Hb 10.36; 13.21). A graça e a misericórdia caracterizam o novo concerto, Deus estabeleceu um novo relacionamento de testemunho pessoal com seu povo.
3. O Reino de Deus e seus princípios. Ser bem-aventurado é muito mais que um estado emocional representado pelo termo ‘feliz’. Inclui bem-estar espiritual, tendo a aprovação de Deus e, assim, um destino mais feliz. No sermão do monte, Jesus delineia os atributos primários das pessoas que recebem a regra do Reino que ele traz. Há nove referências diretas ao Reino pedindo: humildade (Mt 5.3), disposição esofrer perseguição (Mt 5.10), atenção sincera aos mandamentos de Deus (Mt 5.19), recusa em substituir comportamento genuinamente correto por falsa piedade (Mt 5.20), uma vida de preces (Mt 6.10,13), prioridade para os valores espirituais sobre os valores materiais (Mt 6.33) e, acima de tudo, reconhecimento da autoridade do Senhor ao obedecer a vontade revelada de Deus (Mt 7.21) [2].
Sinópse do Tópico (1)
As ações e atitudes dos súditos do Reino de Deus devem ser pautadas pelos princípios eternos das Sagradas Escrituras.
II. A NOVA VIDA DOS QUE FAZEM PARTE DO REINO DE DEUS
1. Nascer de novo. O novo nascimento não decorre de descendência física, do esforço humano ou da vontade humana, mas do poder soberano de Deus. Este é o maior dom que o homem pode receber do Eterno, a regeneração. Através do exercício de sua vontade, Ele nos gerou para uma nova vida. Pela Palavra da Verdade, que segundo Paulo é o Evangelho da Salvação (Ef 1.13). Da mesma forma que devemos nossa existência à palavra falada do Criador e ao sopro de vida, devemos nosso novo nascimento ao poder da Palavra de Deus e à ativação do poder do Espírito Santo. Este novo nascimento tem lugar através da ação do Espírito Santo que dá vida àqueles que estavam mortos em delitos e pecados (Ef 2.1). Esta obra é totalmente soberana e graciosa, mas a realidade da resposta humana em crer e receber nunca é revogada (Rm 9.18) [3].
2. Proclamar o Reino de Deus. João Batista tinha plena consciência da grandiosidade e glória daquele para quem preparava o caminho, pois anunciava que ele mesmo não era digno de desatar as correias das sandálias daquele que viria depois dele (Jo 1.27). Essa atitude de humildade se expressa nas palavras com as quais o evangelista reafirma que João Batista sabia que ele mesmo não era a luz. João Batista reconhecia seu papel de servo que preparava o caminho para o Senhor Jesus, e não buscava a glória para si mesmo. O seu prazer estava em anunciar a vinda do Messias e a exortar as pessoas para que andassem em retidão junto ao Pai. João, o Batizador, é o grande exemplo de crente compromissado com o seu chamado. Ele sabia que foi enviado a preparar o caminho para alguém maior, e esse trabalho de preparação para a chegada de alguém importante sempre envolve grande responsabilidade daquele que executa a função. O Senhor Jesus deve ser a prioridade em nossa vida, em nosso ministério, em tudo o que fazemos. Muitas vezes queremos aparecer mais, nos destacar e tomar o lugar que é devido somente a Ele. João não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber: a verdadeira luz que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. Ele aponta e leva para a verdadeira luz, mas ele mesmo não é a luz [4].
3. Gerar frutos. A primeira iniciativa, a escolha original e salvadora, para que o homem pudesse gozar de intimidade outra vez com o Criador, foi do próprio Deus, que nos escolheu, e mais que isso, nos nomeou para que déssemos fruto (Jo 15.16). Isse é a atividade soberana de Deus, exercida sem violação do ato humano da decisão! O texto de João 15.16 utiliza a figura do ‘fruto’ para designar a santificação individual (Gl 55.22,23), bem como à eficácia na evangelização (Mt 13.3-8; Rm 1.13). “E, vendo de longe uma figueira que tinha folhas, foi ver se nela acharia alguma coisa; e, chegando a ela, não achou senão folhas, porque não era tempo de figos. E Jesus, falando, disse à figueira: Nunca mais coma alguém fruto de ti. E os seus discípulos ouviram isto” (Mc 11.13,14). A figueira sem frutos representava o Israel infrutífero. O profeta Jeremias (cap. 24), utiliza os figos para representar o juízo sobre Jerusalém. A maldição foi lançada sobre a figueira, não só pela falta de frutos, mas, principalmente, por causa de sua aparência enganosa. Podemos fazer um paralelo prático para compreender por que Jesus amaldiçoou a figueira que se achava infrutífera em decorrência da época. Em João 7.6, Jesus afirma que o tempo dos discípulos “sempre está pronto”; ou seja, após a conversão, todos estamos aptos a produzir frutos para o reino de Deus em qualquer tempo. Mas, muitas vezes, nos preocupamos tão somente em demonstrar (de forma aparente) que somos cristãos. E isso apenas, para Deus, não basta! Aqui, temos, ainda, uma correlação com o texto de João 15.1-5, que diz: “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” [5].
.
Sinópse do Tópico (2)
Para fazer parte do Reino de Deus é necessário que o homem passe pela experiência do novo nascimento.
III. O QUE O REINO DE DEUS SIGNIFICA
1. Justiça. A expressão justiça de Deus tem confundido muitos teólogos há séculos. A justiça de Deus é o modo de Deus agir. Amor é a natureza de Deus, santidade é a disposição de Deus e glória é o próprio ser de Deus. Justiça, no entanto, é o proceder de Deus, Sua maneira e Seu método. Uma vez que Deus é justo, Ele não pode amar o homem meramente conforme o Seu amor. Ele não pode conceder graça ao homem meramente conforme Ele quer. Ele não pode salvar o homem meramente conforme o desejo do Seu coração. É verdade que Deus salva o homem porque o ama. Mas Ele deve fazê-lo de um modo que esteja de acordo com Sua justiça, Seu proceder, Seu padrão moral, Sua maneira, Seu método, Sua dignidade e Sua majestade. John Stott escreve sobre “A Revelação da Justiça de Deus’, baseado em Romanos 3: “Os versículos 21-26 constituem um bloco firmemente compactado, que o professor Cranfield acertadamente chama de "o centro e o cerne" do todo que constitui a parte principal da carta; á o Dr. Leon Morris diz que eles seriam "possivelmente o parágrafo mais importante que jamais se escreveu". A sua expressão-chave é "a justiça de Deus", expressão já considerada por nós quando ela ocorreu a primeira vez, em 1.17. Aqui, em 3.21, a tradução da NVI refere-se a uma justiça que provém de Deus, frisando dessa maneira a iniciativa salvadora que ele tomou a fim de conceder aos pecadores a condição de justos aos seus olhos. Os dois versículos (1.17 e 3.21) dizem que essa justiça foi "revelada" ou "manifestada". Os dois a apresentam como algo inovador, ao dizerem que ela se dá a conhecer ou "no evangelho" (1.17) ou independente da lei (3.21). Ambos, no entanto, a representam como um cumprimento das escrituras do Antigo Testamento, o que demonstra que não se trata de uma elaboração posterior da parte de Deus. E dos dois afirma que podemos ter acesso a ela pela fé. A única diferença significativa entre estes dois textos está no tempo em que são usados os verbos principais. De acordo com 3.21, uma justiça de Deus se manifestou, no pretérito perfeito, uma provável referência à morte histórica de Cristo e suas conseqüências, válidas até hoje, enquanto que em 1.17 a justiça de Deus é revelada (tempo presente) no evangelho, o que deve significar toda vez que ele é pregado. No versículo 22 Paulo volta a anunciar o evangelho, repetindo a expressão justiça de Deus, e agora acrescenta mais duas verdades a seu respeito. A primeira é que ela vem mediante a fé em Jesus Cristo para todos os que crêem. Além disso, ela é oferecida para todos porque todos têm necessidade dela. Não há distinção entre judeus e gentios nesse aspecto (conforme Paulo vem argumentando nos versículos 1.18 - 3.20) ou entre qualquer outro grupo humano, pois todos pecaram (hemarton - o passado cumulativo de todo mundo é resumido aqui pelo uso do tempo aoristo) e estão destituídos (um presente contínuo) da glória de Deus (230. Essa "glória" (doxa) de Deus poderia significar Sua aprovação ou louvor, que todos perderam; o mais provável, porém, é que seja uma referência à imagem ou glória de Deus, segundo a qual todos nós fomos criados as deixamos de viver de conformidade com ela. É claro que o pecado pode manifestar-se em diferentes níveis e dimensões; mas ainda assim ninguém chega sequer a aproximar-se dos padrões de Deus. Handley Moule expressa isso de maneira dramática: "A prostituta, o mentiroso e o assassino estão destituídos dela [da glória de Deus]; mas você também está. Pode ser que eles estejam no fundo de uma mina e você no cume da montanha; no entanto, tem tanta capacidade quanto eles de encostar nas estrelas. A segunda inovação contida nestes versículos é que agora, pela primeira vez, "uma justiça que provém de Deus" é identificada com a justificação: sendo justificados gratuitamente por sua graça...(24a). A justiça de (ou que provém de) Deus é uma combinação de três elementos: o caráter justo de Deus, a Sua iniciativa salvadora e a Sua dádiva, que consiste em conferir ao pecador a condição de justo perante Ele. Trata-se de Sua justificação justa do injusto, a maneira justa como Ele "justifica o injusto". Justificação é um termo legal ou jurídico, extraído da linguagem forense. O contrário de justificação é condenação. Os dois são pronunciamentos de um juiz. Dentro do contexto cristão eles são os veredictos escatológicos alternativos que Deus, como juiz, poderá anunciar no dia do juízo. Portanto, quando Deus justifica os pecadores hoje, está antecipando o Seu próprio julgamento final, trazendo até o presente o que de fato faz parte dos "últimos dias" [6].
2. Paz. A Paz do Senhor é a resposta imediata à oração por causa da ansiedade. As preocupações nos rodeiam, o medo é companheiro cotidiano, e a ansiedade toma conta de nós. Mas, como filhos do Pai das luzes e templo do Espírito Santo, temos um meio para escaparmos ilesos dessas mazelas que assolam o mundo: a perfeita paz de Deus que não espera por momentos perfeitos e certinhos para fazer morada em nosso coração.Coisas que não podem ser totalmente compreendidas podem, todavia, ser experimentadas em paz por aqueles que estão em Cristo - “Não andeis ansiosos de cousa alguma”.
3. Alegria. Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17). Segundo João, em Apocalipse 19.6-7, o Reino de Deus é regozijo, alegria e tempo para louvor da Sua glória! Está relacionada com o Fruto do Espírito (que é o caráter de Cristo): Todo discípulo de Jesus recebeu o Poder para ser feito filho de Deus, e este Poder é o Espírito Santo que habita nele e manifesta o Fruto do Espírito que é: Amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, mansidão, fidelidade e domínio próprio. Em que cada situação que passamos no nosso dia a dia, podemos exercitar todas as qualidades do caráter de Cristo nas nossas vidas - “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo; pelo contrário, alegrai-vos na medida em que sois co-participantes dos sofrimentos de Cristo, para que também, na revelação de sua glória, vos alegreis exultando. Se, pelo nome de Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus” (1Pe 4.12-14).
Sinópse do Tópico (3)
O Reino de Deus é justiça, paz e alegria no Espírito Santo.
(III. Conclusão)
Devemos fazer do governo soberano de Deus, e do correto relacionamento com Ele, a mais alta prioridade da nossa vida. Ao invés de nos gastarmos em busca de bens materiais a fim de saciarmos nossas vontades, carecemos dirijir nossa ‘ambição’ em 'buscar primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça'. Ele comprometeu-se a responder com lealdade: 'e todas essas coisas vos serão acrescentadas' (Mt 6.33). O Reino de Deus é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. Deus inicia seu domínio espiritual na terra, no coração do seu povo e no meio destes – “Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo14.23).
"Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade." (1Jo 3.18)
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br
Notas Bibliográficas
[1]Adaptado de Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001, Dinâmica do Reino, p.1096;
[2].Ibidem p. 952;
[3].Francisco A Barbosa em http://estudotextual.blogspot.com/2011/07/joao-113.html;
[4].Francisco A Barbosa em http://estudotextual.blogspot.com/2011/07/joao-18.html;
[5]. Extraído de “ICP Responde, http://www.icp.com.br/78responde.asp;
[6]. Extraído do texto A Revelação da Justiça de Deus, por John Stott, Comentário Sobre Romanos 3:21-26;http://www.monergismo.com/textos/comentarios/romanos3_21-26_stott.htm;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos do site http://www.bibliaonline.com.br/, na versão Almeida Corrigida e Revisada Fiel, salvo indicação específica.

sábado, 25 de junho de 2011

LIÇÕES BÍBLICAS CPAD - 3° TRIMESTRE/2011

 Lição Bíblica da CPAD do 3º Trimestre/2011 terá como tema "A Missão Integral da Igreja - Porque o Reino de Deus está entre vós". O comentarista será o pastor Wagner Tadeu Gaby.


Os assuntos semanais serão:

1. O Projeto Original do Reino de Deus
2. A Mensagem do Reino de Deus
3. A Vida do Novo Convertido
4. A Comissão Cultural e a Grande Comissão
5. O Reino de Deus Através da Igreja
6. A Eficácia do Testemunho Cristão
7. A Beleza do Serviço Cristão
8. Igreja - Agente Transformador da Sociedade
9. Preservando a Identidade da Igreja
10. A Atuação Social da Igreja
11. A Influência Cultural da Igreja
12. A Integridade da Doutrina Cristã
13. A Plenitude do Reino de Deus

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Lição 12 – Conservando a Pureza da Doutrina Pentecostal

Texto Áureo
“Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina; persevera nestas coisas; porque, fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem” (1Tm 4.16).
– Paulo discipulando Timóteo alerta-o quanto ao cuidado consigo mesmo e com a doutrina. A vida pessoal dos ministros de Deus deveria ser pura tanto quanto a doutrina que pregam. A influencia de Deus pode se afastar do coração do homem através da negligência, e nossas mentes podem perder a intensidade de seu chamado. Paulo deve ter observado que os falsos mestres desviaram-se justamente por falhar nestes pontos e, portanto, de onde cristãos geralmente podem se desviar.
Verdade Prática
Mantendo-se firme e fiel à Palavra de Deus, a Igreja de Cristo conservará a sã doutrina no poder do Espírito Santo.
Leitura Bíblica em Classe
2Timóteo 4.1-4; 2Pedro 2.1-3
Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Saber que atualmente muitos falsos profetas e mestres têm tentado macular a Igreja;
Compreender que Satanás tem usado de sutilezas para enganar os crentes, e 
Conscientizar-se de que a Igreja é a guardiã da sã doutrina.
Palavra-Chave
DOUTRINA: No Novo Testamento, a palavra grega mais empregada para doutrina é didachē, cujo sentido é “instrução” e “ensino”. A igreja primitiva fazia uso do vocábulo didachē para referir-se “a doutrina dos apóstolos” (At 2.42)”.
Comentário
(I. Introdução)
Teremos, neste domingo, a oportunidade ímpar de ensinar a respeito da importância de se conservar a pureza da doutrina Pentecostal. É patente a todos nós a grande avalanche de novas doutrinas teológicas dos falsos profetas e falsos mestres em nosso meio, muitas delas disseminadas através da música gospel e dos pregadores de mega-eventos, e que são assimiladas por crentes pouco afeitos ao estudo da Palavra. Também sabemos que muitas de nossas igrejas desprezam o ensino bíblico, seja lá qual for o motivo, o estudo sistemático da Palavra de Deus não é levado a sério e quem sofre com isso são seus membros, tornam-se "presas" fáceis dos falsificadores da Palavra. Parece redundante estudarmos este assunto, mas ele se reveste de extrema importância, dado o momento que vivemos e à nossa ‘cultura’ de desprezo ao estudo sistematizado da Palavra, por isso, no decorrer da lição, enfatizemos o fato de que precisamos nos manter firmes e fiéis às Sagradas Escrituras a fim de que possamos desmascarar os enganos de Satanás. O estudo desse tema é importante, sobretudo pelo fato de os ensinos heréticos e o surgimento das seitas falsas serem parte da escatologia, isto é, um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus apóstolos. O apóstolo Paulo, por exemplo, escreve: "Mas o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios, pela hipocrisia dos que falam mentiras, e que têm cauterizada a própria consciência" I1Tm 4.1,2).Precisamos estar atentos, procurando seguir a recomendação bíblica: "Examinai tudo" (1Ts 5.21). Boa aula!
(II. Desenvolvimento)
I. FALSOS DOUTORES E PROFETAS
1. Uma avalanche de heresias. (do latim haerĕsis, por sua vez do gregoαἵρεσις, "escolha" ou "opção") é a doutrina ou linha de pensamento contrária ou diferente de um credo ou sistema de um ou mais credos religiosos que pressuponha um sistema doutrinal organizado ou ortodoxo. A palavra pode referir-se também a qualquer "deturpação" de sistemas filosóficos instituídos, ideologias políticas, paradigmas científicos, movimentos artísticos, ou outros. A quem funda uma heresia dá-se o nome de heresiarca. O termo grego referia-se, em certa época, a grupos ou seitas num sentido neutro (At 24.5). Foi usado por Paulo para referir-se a grupos que provocam divisões (1Co 11.19; Gl 5.20), e veio a denotar ensinos específicos de tais grupos. As heresias, geralmente surgem em Igrejas de menor expressão e sorrateiramente, penetram em nossa denominação, através de musicas, as quais entoamos em nossas igrejas como verdadeiros mantras; através de pregadores, verdadeiros ‘showman’, que têm suas pseudomensagens copiadas e repetidas em nossos púlpitos sem serem analisada e, ainda, através de importações de falsos mestres da nossa co-irmã norte-americana. “Atenção para que ninguém vos engane” (Mt 24.4). Nosso Senhor Jesus Cristo várias vezes alertou rigorosamente os seus discípulos a respeito dos falsos ensinamentos dos fraudulentos líderes religiosos da sua época (Mt 7.15; 15, 1-9; 24.11, 24). Nada mudou, hoje como nunca, os ensinamentos dos falsos profetas tem ganhado o mundo na mesma velocidade da internet. Os meios de comunicação nos Estados Unidos têm falado com uma freqüência cada vez maior sobre a presença de um movimento herético chamado “Só Jesus” em algumas Igrejas que se dizem cristãs. Entre os que ensinam essa heresia está o famoso pregador T. D. Jakes, de Houston, Texas, que já apareceu na capa da revista TIME como um possível sucessor de Billy Graham. T.D. Jakes, juntamente com esse movimento “Só Jesus”, ensina que o Pai celestial e o Espírito Santo não existem como pessoas distintas da Santíssima Trindade. Essa heresia perigosa está arrebanhando milhares de seguidores mundo afora. Por que essa heresia tem encontrado receptividade em muitas igrejas? Porque o dogma da Santíssima Trindade não tem sido ensinado profundamente nas igrejas. Não só essa doutrina como outras que são omitidas para a formação dos verdadeiros seguidores de Cristo. Lá, Jim Bakker e sua esposa Tammy Faye Bakker ajudaram a fundar a TBN - Trinity Broadcasting Network – em 1973, dando orientações aos pastores donos da rede, Paul Crouch e sua extravagante esposa Jan Crouch, de como levantar milhões de dólares à custa das, assim por eles compreendidos, “burras” ovelhas de Jesus Cristo. Seus seguidores atuais que continuam na televisão nos EUA - especificamente na TBN - são: Benny Hinn, Joyce Meyer, Creflo Dollar, John Hagee, Oral Roberts, Robert Schüller, Paula e Randy White (hoje divorciada e que teve um caso com o pastor T.D. Jakes), Eddie Long, T.D. Jakes, entre vários outros. Esses homens e mulheres são conhecidos por terem IMPÉRIOS evangélicos, jatos, limusines, mas que apenas servem para seus próprios umbigos; são amantes dos deleites e prazeres dos bens materiais. TODOS, atualmente, estão sob investigação do Senado Norte-Americano, sob o comando do senador Charles Grassley. E o que falar de Mike Murdock e sua nefasta teologia das sementes? Myles Munroe e sua extravagante “A grande idéia de Deus (God´s big idea [1])” - estender o reino dos céus na terra, como uma colônia mundial?” “Não é pecado duvidar de algumas coisas, mas acreditar em tudo pode ser fatal” A.W.Tozer.
2. Falsos mestres e falsos profetas. Todo o capítulo 2 de 2Pedro trata de um só assunto: os falsos mestres, ou falsos instrutores. É digno de nota que, Pedro, no 1º Capítulo, falou sobre o verdadeiro conhecimento em contraste com os falsos ensinamentos dos hereges. Ao falar, da maneira como fala, no capítulo 2, sobre falsos mestres, ele está também alertando quanto ao perigo de se seguir a falsos ensinamentos. No fim do capítulo um, Pedro disse que os profetas do Velho Testamento foram guiados pelo Espírito Santo. Contudo, ele observa no capítulo 2 que havia falsos profetas (homens declarando falsamente estarem falando por Deus) no meio do povo de Israel e haverá falsos mestres entre os cristãos. É claro que estes falsos mestres são cristãos que decaíram do Senhor. Eles negam que o Senhor os resgatou do pecado (2.1). Infelizmente, outros discípulos serão enganados por eles e os seguirão (2.2,3). Pedro escreve que estes falsos mestres certamente serão punidos pelo Senhor (2.1,3,9-10,12,17). Para que ninguém pense que estes falsos mestres podem permanecer escondidos no meio da igreja, Pedro afirma a capacidade do Senhor para separar os justos dos injustos, punindo os injustos e preservando os retos (2.4-9). Para ilustrar este ponto, Pedro cita os exemplos de anjos que pecaram (2.4; veja também Judas 6), Noé e sua família (2.5) e Ló (2.6-8). Os anjos rebeldes estão reservados para o julgamento. Noé e sua família foram salvos do dilúvio enquanto o resto da humanidade foi afogada. Ló foi resgatado de Sodoma, mas a cidade inteira foi completamente destruída. Pedro é cuidadoso ao notar a retidão de Noé e Ló. Pedro descreve o caráter destes falsos mestres. Eles são arrogantes e não têm respeito pela autoridade (2.10,18). Eles são indivíduos gananciosos, tirando lucro financeiro dos seus "discípulos" (movidos por avareza, farão comércio de vós; tendo coração exercitado na avareza; seguiram no erro de Balaão que queria lucrar amaldiçoando Israel). Além disso, eles são culpados de imoralidade (imundas paixões; sua luxúria carnal; tendo os olhos cheios de adultério). Pedro descreve vivamente a situação daqueles que deixam Cristo e retornam ao mundo. Eles se tornam escravos da corrupção (2.19). O último estado destas pessoas (mais uma vez enredados no pecado) é pior do que o primeiro. Tendo sido libertados da corrupção do mundo através do seu conhecimento de Cristo, se retornam a estas contaminações, eles são comparáveis ao cão que retorna para comer seu próprio vômito e o porco lavado que retorna ao lamaçal (2.20-22). Que mais tem o evangelho para oferecer àqueles que rejeitaram Jesus Cristo? Absolutamente nada! [2].
3. A falta de estudo bíblico no meio pentecostal. Oh! Quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia! (Sl 119.97). Estudar a Bíblia não é apenas lê-la. É aproveitar lições preciosas para o crescimento espiritual, extraindo alimento para a alma. A Bíblia é o Livro de Deus. Ela é a mensagem de Deus para todas as pessoas, em todos os tempos, em todos os lugares. Deus amou o mundo. "[...] Deus, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1Tm 2.3,4). A Bíblia é a revelação especial de Deus para a humanidade. Ainda que seja o livro mais editado, no mundo, ao longo dos tempos, é, ainda, o livro menos conhecido de muitos povos e nações. O desejo de Deus é que a sua Palavra chegue a todo o ser humano, para que seja lido, apreciado e estudado [3]. Os crentes pentecostais, não herdaram completamente a mensagem pentecostal dos pioneiros, fato observado hoje pela rejeição ao conhecimento teológico de muitos líderes e, conseqüentemente, a falta de senso crítico de sua membresia. Esquecemos rapidamente que o pioneiro Gunnar Vingrem foi um seminarista, bem como, outros missionários que por aqui aportaram. Por falta de conhecimento, o pentecostal dá crédito fácil à mentira - ele crê com facilidade em qualquer invenção que aparece sem questionar nada, sem comparar com as Escrituras, bastando apenas que o líder diga tudo com ares de autoridade e com alguns “aleluias” (At 17.11; Ef 4.14-15). A realidade atual é que a maioria de nossos irmãos são ignorantes quanto a Palavra de Deus, falta interesse no estudo bíblico sério e profundo. E o pior, ainda há muitos que não vêem o estudo teológico como algo importante, citam inclusive, 2Coríntios 3.6, interpretando erroneamente a frase “a letra mata” como uma censura de Paulo contra o estudo. Não há ênfase na pregação e no estudo sério das Escrituras em nosso meio. Há quanto tempo você ouviu uma pregação expositiva acerca da Trindade – se é que já ouviu? Nossos cultos resumem-se ao louvor, e de preferências, de ‘fogo’, nas encenações teatrais, jograis, grupos de gestos, ministério de dança e coisas do tipo (1Co 1.21; 1Tm 3.15; 2Tm 2.15), e um mínimo de tempo para uma abordagem de algum texto bíblico, que em geral, são desprovidas de hermenêutica - uma das primeiras ciências que o pregador deve conhecer é certamente a hermenêutica; porém, quantos pregadores há que nem de nome a conhecem! Se quisermos preservar a sã doutrina, precisamos voltar a priorizar o estudo da Palavra de Deus (2 Tm 3.15-17). A Palavra de Deus nos torna sábios para a salvação (2 Tm 3.1 5), santifica-nos (Jo 1 7. 1 7), e leva-nos a conhecer mais profundamente ao Senhor (Os 6.3). “E perseveravam na doutrina dos apóstolos...”- Doutrina, como está em nossa Palavra-Chave, significa: ensino, aquilo que é ensinado, ensino a respeito de algo, o ato de ensinar, instrução, fazer uso do discurso como meio de ensinar. O ensino é uma doutrina e as Escrituras falam sobre três tipos de doutrina, a saber:
a. Doutrina Bíblica: São ensinamentos de Deus. Elas são imutáveis. As doutrinas de Deus possuem 3 divisões que são:
-. Doutrina da Salvação: Arrependimento, conversão, novo nascimento, santificação, etc.
-. Doutrina da fé: Teontologia, Trindade, Espírito Santo, Cristo, vida após a morte, etc.
-. Doutrina das últimas coisas: Arrebatamento, ressurreição, tribunal de Cristo, etc.
b. Doutrina de Homens: São ensinamentos e tradições de homens. São ensinos de homem e não de Deus. E as tradições mudam de tempo em tempo (Mt 15.1-9). Muitos fundamentam suas doutrinas no legalismo; em leis do Velho Testamento. Por exemplo, guardar o sábado para se salvar, outros em dogmas e tradições; (doutrina criada pelos homens). Os tais pensam em estar agradando a Deus, mas não. Em Mt 15.1-3 Jesus diz que eles invalidavam o mandamento de Deus pelas suas tradições.
c. Doutrina de Demônios: São ensinos inspirados por demônios, e contrariam a Palavra de Deus. Ex: Negam a inspiração divina sobre os autores da Bíblia; negam a divindade de Jesus; negam a vida eterna. Etc. “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios” (1Tm 4.1).
Sinópse do Tópico
Falsos mestres e profetas, com seus ensinos fraudulentos, vêm de modo sorrateiro corrompendo a sã doutrina.
II. A SUTILEZA DE SATANÁS NO FIM DOS TEMPOS
1. Os ardis de Satanás. O astuto é aquele que usa de sutilezas para enganar e macular. Esse tem sido o papel do Adversário desde tempos imemoriais. Adulterar significa corromper falsificar o genuíno Evangelho. Quando ensinamos com aberrações e enganos, estamos acrescentando ou adulterando a Palavra de Deus. O Pr Elias Ribas em seu artigo intitulado OS FALSOS MINISTROS FALSIFICAM A PALAVRA DE DEUS, disponível no BlogTeologia em Foco, escreve: “A primeira vestimenta de um ministro de Deus é estar cingido da verdade, e a segunda é couraça da justiça. “Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça” (Ef 6.14). A palavra verdade no grego é aletheia, significa a verdade em qualquer assunto em consideração; que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa; em verdade, de acordo com a verdade; a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente as superstições dos gentios e as invenções dos judeus, e as opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos; verdade como excelência pessoal; sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano, sofisma. Cegar no grego étuphloo, que significa obscurecer a mente; embotar o discernimento mental. Como alguém que coloca uma venda nos olhos para não poder ver. O deus deste século (Satanás) vedou, cegou, obscureceu o entendimento (a mente) dos seus ministros para que lhes não resplandeça a luz do evangelho. Por está razão o diabo usa seus ministros para enganar e corromper o Evangelho de Jesus para que não resplandeça a luz da Verdade. Quando um ministro adultera o sentido da Palavra ele está deixando de ser verdadeiro, ou seja, ele não ensina a verdade segundo a Bíblia. Se ele prega seus sermões alterando, sem o verdadeiro sentido da Palavra; ele passa ser um mentiroso. E para estes a Bíblia é clara ao dizer que serão lançados no lago de fogo (Ap 21.8). Uma das armas que o diabo usa através dos falsos ministros é a proibição do estudo sistemático da Bíblia. Qualquer pregador que despreza a hermenêutica bíblica é presa fácil para Satanás. Um pregador qualificado é difícil de se enganar. Mas o desqualificado está sem conhecimento e preparo. E sem o bom conhecimento o pregador pode mudar o verdadeiro sentido da Palavra de Deus e assim tornar um adúltero no sentido bíblico” [4]. Os falsos mestres e profetas utilizam vários disfarces para semear suas heresias (2 Ts 2.1 5). Desde a fundação da Igreja, os falsos mestres vêm disfarçando-se entre os filhos de Deus para disseminar suas heresias. Jesus disse que os mestres do erro apresentam-se "vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15). A Bíblia classifica os tais como "falsos apóstolos" e "obreiros fraudulentos", identificando-os como agentes de Satanás que se transfiguram "em ministros de justiça" (2Co 11.13-15). Devemos, por isso, acautelar-nos deles. Dissimuladamente, escondem suas reais intenções e apresentam-se como ovelhas; interiormente, porém, são lobos predadores (Mt 7.1 5). Oremos e vigiemos (Mt 26.41 a) para não virmos a cair nas muitas ciladas do Diabo.
2. Palavras persuasivas. Os falsos mestres, a quem o apóstolo se refere em Cl 2, estavam envolvidos com o legalismo judaico: circuncisão (Cl 2.11), preceitos dietéticos e guarda de dias (Cl 2.16). Há também várias referências ao gnosticismo (Cl 2.18, 23). O verbo grego paralogizomai, "enganar, seduzir com raciocínios capciosos", descreve com precisão a perícia dos falsos mestres na exposição de suas heresias. O nosso cuidado deve ser contínuo para não nos tornarmos presas desses doutores do engano. Paulo adverte os crentes de Colossos a que não sejam enganados pelos falsos mestres (Cl 2.4). Que falta nos faz um pastor como Paulo... ele expressa emoções de angústia e alegria em Cl 2.1-5, além de preocupação com o bem-estar espiritual daquela igreja, ele agoniza em oração pelos crentes de Colossos e Laudicéia os quais estavam ameaçados por falsos mestres. Não obstante sua dor, ele expressa alegria pela força que aquela igreja tinha em lutar firmes pela preservação da sã doutrina (v.5). Firmes na Palavra, poderemos desmascarar as sutilezas e os ataques de Satanás contra a Igreja de Cristo.
3. “Ninguém vos faça presa sua”. “Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele, Arraigados e edificados nele, e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, nela abundando em ação de graças” (Cl 2.6-7 6). O apóstolo insiste que devemos andar de acordo com o evangelho, a fim de ficarmos arraigados, edificados e firmados na Palavra de Deus. Entretanto, a mensagem dos agentes de Satanás é sempre contra tudo o que cremos, pregamos e praticamos. Às vezes, há alguns pontos aparentemente, comuns entre nós e eles, e nisso reside o perigo, visto que é por onde tais ensino se introduzem. Satanás lança mão de todos os meios possíveis para induzir ao erro o povo de Deus. A mensagem do evangelho é simples e qualquer ser humano independentemente de seu preparo intelectual e origem, é capaz de entender; basta dar lugar ao Espírito Santo, que convence o homem "do pecado, da justiça e do juízo" (Jo 16.8). O significado de "presa" em Cl 2.8 revela o que acontece, ainda hoje, com os adeptos das seitas. O verbo grego sylagõgeõ, "levar como despojo, prisioneiro de guerra, seqüestro, roubo", descreve o estado espiritual dos que seguem os falsos mestres. Um dos objetivos dos promotores de heresias é escravizar suas vítimas para terem domínio sobre elas (Cl 2.18; Gl 4.17). Hoje, muitos estão nos grilhões das seitas como verdadeiros escravos. E não apenas das seitas, mas muitos pentecostais estão debaixo de jugo – do legalismo, do coronelismo, do não pode-não faças-não toques. A Bíblia adverte-nos: "Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas [...]" (Cl 2.8). Um dos maiores desafios da igreja nestes últimos dias é lutar contra os ardis e enganos do Inimigo.
Sinópse do Tópico
Como Igreja do Senhor devemos estar preparados, alicerçados na Palavra, para detectar e combater as sutilezas de Satanás.
III. A IGREJA É A GUARDIÃ DA SÃ DOUTRINA
1. A sã doutrina. Independente do que os legalistas façam ou digam, independente do que os tele-pregadores e cantores do gospel espalhem como verdade, a igreja deve preservar a sã doutrina, deve continuar com a doutrina saudável do evangelho. É preciso estar preocupados com que a sã doutrina, que é segundo o evangelho, seja transmitida e que haja o comprometimento para com a mesma. Duas atribuições da liderança da Igreja que, em função dos falsos mestres infiltrados em nosso meio, são de especial relevância: o ensino da sã doutrina e a refutação da que é falsa (Tt 1.9). Um motivo forte para aquela igreja se comportar de acordo com a sã doutrina, de acordo com Paulo, era evitar qualquer ocasião para os incrédulos acusarem os discípulos de impiedade (Tt 2.5, 8). Em vez de fazerem com que a palavra de Deus fosse difamada pela conduta pecaminosa, os cristãos poderiam “adornar” a doutrina de Cristo através de sua obediência (Tt 2.10). O Senhor adverte-nos, em sua Palavra, de que nos últimos tempos haveria grande rebeldia e apostasia: "Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios" (1 Tm 4.1). Paulo continua observando em geral por que os cristãos deveriam viver de acordo com a sã doutrina (Tt 2.11-14). Deus demonstrou sua graça para com a humanidade enviando seu Filho para morrer na cruz. Jesus morreu para redimir os homens de sua iniqüidade, assim provendo para ele próprio um povo especial purificado e zeloso das boas obras (Ef 5.25-27). A mensagem do evangelho é que podemos tornar-nos parte deste povo especial se quisermos deixar a impiedade e as paixões pecaminosas do mundo e viver de acordo com a sã doutrina.
2. Examinemos tudo. Paulo exortou a igreja de Tessalônica: "Examinai tudo. Retende o bem" (1Ts 5.21). Toda e qualquer manifestação espiritual deve ser analisada, a fim de evitar os efeitos do engano da falsa profecia dentro da igreja. O desdobramento deste artigo mostrará que os falsos profetas simulam uma espiritualidade, sabem falar a linguagem do povo cristão, apresentam uma suposta autoridade espiritual e falam em nome de Jesus. Porém, esses mesmos profetas não apresentam uma piedade genuína, seus frutos são carnais, e o amor está longe de seus corações. Precisamos estar atentos, porque uma profecia proferida falsamente pode trazer conseqüências destrutivas à vida de qualquer pessoa. Lembre, que a profecia de acordo com o princípio bíblico é para edificar, exortar (animar) e consolar(1Co 14.3). “Mas o que profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação” (1Co 14.3); “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1). O apóstolo Pedro deixou claro que a presença do verdadeiro não é suficiente para impedir a manifestação do falso. Ao falar dos autênticos profetas hebreus do Antigo Testamento, o apóstolo ressaltou que “também houve entre o povo falsos profetas” (2Pe 2.1). Ao longo dos séculos, percebeu-se que onde há o verdadeiro, há também o falso. Para cada Moisés, há um Janes e Jambres (2Tm 3.8); para cada Micaías, há um Zedequias, filho de Quenaana (1Rs 22.11); para cada Jeremias, há um Hananias, filho deAzur. O crente não pode deixar-se levar pelos sinais e manifestações sobrenaturais, sem antes ter a certeza de que a sua origem é divina (1 Jo 4.1-3).
3. Sólido mantimento. O crescimento espiritual inicia-se a partir do momento da conversão o cristão coloca em desenvolvimento sua vida espiritual até que chegue a estatura de Cristo (Ef 4.13). Para tal, é necessário abandonar as coisas de menino (I Co 13.11; Ef 4.14) e perseguir o crescimento como um ideal cristão (Hb 5.14). Deus está sempre pronto a nos dar o crescimento. Nós cresceremos espiritualmente se fizermos assim:

a. É preciso desejar crescer (1Pe 2.2). A palavra “maduro” significa “cheio”, “completo”, “que atingiu o alvo”, “íntegro”. Assim entendemos que o cristão maduro é alguém que tem sido enriquecido pelas experiências com Deus, que está alcançando o alvo que Deus estabeleceu para tal pessoa. A verdade é que Deus tinha um propósito para as nossas vidas quando Cristo nos salvou. (Fp 3.12-18). É impossível alcançar o alvo divino se não apontarmos em direção a ele. Talvez a distância entre nós e o alvo estabelecido por Deus seja grande, mas a distância entre nós e o próximo passo não é tão grande. Nunca alcançaremos o alvo se não dermos o primeiro passo e depois o segundo e assim sucessivamente. Alcançaremos a maturidade cristã quando a estabelecermos como prioridade em nossas vidas.

b. Ingerindo alimento sólido e deixando o leite (1Co 3.2; Mt 4.4). A má alimentação atrapalha o crescimento. É preciso ter alimentação equilibrada para não ter crescimento anêmico ou retardado. O cristão que almeja o crescimento tem na Palavra de Deus a fonte de sua alimentação, pois dela emana boa doutrina que sustenta, dando força para as tempestades da vida. Estudarmos e meditarmos na Bíblia todos os dias (Js 1.8-9; Sl 1.1,2); aprendendo de Jesus (Mt 11.29); aplicando a palavra na vida e guardando-a no coração (Ap 1.3); são algumas formas de alimentar-se solidamente para crescer fortemente.

c. Mortificando as obras da carne (Gl 5.24). Não falar palavras torpes (Ef 4.29), não enganar ninguém (I Ts 4.6), não mentir (Cl 3.9), ser fiel na vida matrimonial (Ml 2.14-15), manter para com os vizinhos, seus familiares e em seu trabalho a mesma conduta que tem na igreja, buscar a libertação de todos os males (Jo 8.32,36), vestir-se de modo decente, honesto, com pudor e modéstia (1Tm. 2.9,10)

d. Mantendo com Cristo uma comunhão ininterrupta (Jo 15.4,5). É de Cristo que vem toda suficiência para o crescimento espiritual. É da videira que vem substância capaz de fortalecer os ramos, para que os mesmos sejam vistosos, fortes e frutíferos. Esteja crucificado com Cristo (Gl 2.20). O crescimento espiritual é o processo de despertar interno, e de tornar-se consciente do nosso ser interno. Significa o aumento da consciência além da existência ordinária, e o despertar para algumas verdades universais. Significa ir além da mente e do ego e realizar quem você é realmente. O crescimento espiritual é o direito de sucessão de todos. É a chave a uma vida de felicidade e de paz de espírito, e a manifestação do poder enorme do espírito interno. Este espírito está igualmente atual dentro da pessoa a mais materialista, e dentro da pessoa a mais espiritual. O nível da manifestação da espiritualidade é dependente de quanto o espírito interno é próximo à superfície, e de quanto é coberto e escondido, por pensamentos, por opinião e por hábitos negativos[5].
Sinópse do Tópico
A Igreja de Cristo é responsável pela preservação da sã doutrina.
(III. Conclusão)
O dever de examinar as coisas espirituais é fortemente recomendado pelo apóstolo Paulo repetidas vezes. "O homem espiritual julga (examina, ou como está no grego, investiga e decide) todas as coisas" (1Co 2.15). O crente espiritual deve usar seu julgamento, que é uma faculdade renovada se ele é um homem espiritual. Esse exame ou julgamento espiritual é mencionado em relação às "coisas do Espírito de Deus" (v. 14), o que nos mostra como o próprio Deus honra a personalidade inteligente do homem que Ele recriou em Cristo, convidando-o a julgar e a examinar as obras de Seu próprio Espírito, de modo que até mesmo as "coisas do Espírito" não devem ser recebidas como provenientes Dele sem serem examinadas e espiritualmente discernidas como sendo de Deus. 'Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios' (1Tm 4.1). Paulo escreveu ao jovem Timóteo, há quase dois mii anos, alertando quanto aos perigos da apostasia — gr. apostasia — 'desvio', 'afastamento', 'abandono'; no texto bíblico, sempre significa abandono ou desvio da fé em Jesus.
N’Ele, que me garante: "Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós, é dom de Deus” (Ef 2.8),
Francisco A Barbosa
auxilioaomestre@bol.com.br
Notas Bibliográficas
[1]. "A grande idéia de Deus" - Myles Munroe/ Benny Hinn - "God´s big idea" - Leg. Port, emhttp://www.youtube.com/watch?v=NZ8YMGHUyPU&feature=player_embedded;
[2]Adaptado do texto de Allen Dvorak, publicado emhttp://www.estudosdabiblia.net/2pedro2.htm;
[3]. Elinaldo Renovato de Lima, em http://www.ebdweb.com.br/2008/12/24/o-valor-do-estudo-da-biblia-pr-elinaldo-renovato-de-lima/?mobi;
[4]. Adaptado de: OS FALSOS MINISTROS FALSIFICAM A PALAVRA DE DEUS, Pr. Elias Ribas em http://pastoreliasribas.blogspot.com/2010/09/os-falsos-ministros-falsificam-palavra.html
[5]. Adaptado de Mensagem ministrada Por Pr. Sérgio Pereira em culto de edificação cristã; http://prsergiopereira.blogspot.com/2010/09/em-busca-do-crescimento-espiritual.html;
[6]. RENOVATO, Eiinaldo. Perigos da Pós modernidade. 1 .ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pp. 16-7; 
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. I. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1996
ANDRADE, Claudionor de. As Verdades Centrais da Fé Cristã. 1 A. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006
Lições Bíblicas 1º Trim 2004 - Jovens e Adultos: A Pessoa e Obra do Espírito Santo;
Bíblia de Estudo Plenitude, Barueri, SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 2001;
Os textos das referências bíblicas foram extraídos da versão Almeida Revista e Atualizada, 2a edição (Sociedade Bíblica do Brasil), salvo indicação específica.